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Manchas sem pigmentação na pele? Pode ser vitiligo

De repente passamos por trauma psicológico intenso ou uma situação de muito estresse e aí surgem manchas brancas pelo corpo. Elas não dói, não coçam, o único incomodo é a mudança na aparência. Sim, você pode estar com vitiligo e deve procurar seu médico dermatologista para um correto diagnóstico e tratamento.

O Vitiligo não traz prejuízos à saúde e também não é contagioso, no entanto há uma preocupação quanto desencadeamento de problemas emocionais como baixa-autoestima e depressão, por se tratar de uma doença que atinge diretamente a aparência do paciente.

O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), Alexandre Moretti, declarou ao consultamedicaonline.com.br que não há dados específicos sobre o vitiligo no Brasil, no entanto há grande interesse da Sociedade em resgatar as pesquisas nestas área.

Sintomas e diagnóstico

Vitiligo é uma doença que se caracteriza pela falta de pigmentos na pele e mucosas, ou seja, o organismo deixa de produzir o melanócitos (células formadoras de melanina que são responsáveis pela coloração da pele).

Evidências médicas sugerem que o vitiligo esteja relacionado a um processo inflamatório autoimune, podendo estar associado ainda à histórico familiar e traumas emocionais que podem desencadear ou até agravar a doença.

Segundo Alexandre Moretti as lesões podem aparecer em todo o corpo: “as áreas mais comuns são a face e membros inferiores e superiores, com ênfase para áreas de tensão como cotovelo e punho, porém podem surgir em áreas mais raras como cabelo e interior da boca”.

O diagnóstico é essencialmente clínico. O exame com lâmpada de Wood (luz florescente), o exame anatomopatológico, e a biopsia auxiliam o dermatologista.
Pitiríase Alba, Pititíase Vesicolor e Hipocromias pós inflamatórias são doenças a serem analisadas durante o diagnóstico diferencial.

Prevenção e Tratamento

Não há medidas de prevenção ao vitiligo, no entanto o diagnóstico e início do tratamento pode evitar a expansão das lesões existente e o surgimento de novas. Por isso, pacientes com histórico familiar ou que tenha passado por traumas psicológicos devem estar mais atentos ao surgimento de manchas.

Quanto ao tratamento, Moretti revelou que há dentro da dermatologia diversas terapêuticas para se tratar o vitiligo, entre elas estão o uso de corticosteroides tópicos e Imunomoduladores, técnicas com o uso de laser, além de intervenções cirúrgicas e transplante de melanócitos.

“O tratamento indicado será de acordo com as características de cada paciente. Existem formas de vitiligo mais resistentes e menos resistentes, por exemplo: áreas pilosas (com pêlos) possuem maior chance de recuperação, tudo deve ser levado em conta na hora de optar pela terapêutica”. O presidente explica ainda que o paciente pode optar pela despigmentação total da pele se as lesões causadas pelo vitiligo atingirem mais de 70% do corpo.

Sol: Aliado ou vilão?
 

De acordo com o presidente da Sociedade de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), Alexandre Moretti, o sol pode ser um aliado se usado com cautela. “A Luz solar tem um ação anti-inflamatória e pode ajudar nos casos de vitiligo, no entanto essa exposição deve orientada por um médico dermatologista, pois a falta de pigmentação torna a pele mais sensível, expondo assim o paciente a uma maior chance de contrair o câncer de pele”. Moretti ressalta também que o uso do protetor solar é fundamental para proteção do paciente com vitiligo.

Tatuagens e Maquiagens são recomendadas para pacientes com vitiligo? Presidente da SBD/MS esclarece...

Por ser uma doença que afeta principalmente o fator estético, os pacientes podem optar por procurar maneiras de cobrir as lesões, dentre elas o uso de tatuagens e de maquiagens, mas será que são seguras?

De acordo com Moretti o uso de tatuagens em pacientes com vitiligo não são recomendadas, pois podem desencadear o fenômeno de Koebner. Este fenômeno não só agrava as lesões já existentes como também pode fazer com que haja o surgimento de lesões na pele sadia.

Já o uso de maquiagem está liberado, ele explica que algumas marcas são bastante eficazes. “Sem conflitos de interesse posso dizer que as maquiagens da Dermablend cobrem totalmente as lesões do vitiligo, além disso possuem uma diversidade de tonalidades o que facilita e muito a vida dos pacientes”.
 

Ariadne Carvalho - Consulta Médica Online/Abaetê Comunicação


Publicado 17 de Abril, 2017