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Já ouviu falar em cromoblastomicose? Presidente da SBD/MS esclarece

Apesar de ser uma das micoses de implantação mais frequentes no Brasil, os pacientes com cromoblastomicose não costumam buscar ajuda médica, talvez por falta de instrução, dificuldade de acesso ou até porque os sintomas iniciais são leves.

Em entrevista ao consultamedicaon.com.br, o presidente da Sociedade de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), Alexandre Moretti, explicou que se não tratada a doença pode evoluir para um carcinoma espinocelular (câncer de pele), porém ressaltou que para chegar nesse estágio a lesão precisa ser crônica com mais de 20 anos.

Segundo o presidente, se diagnosticado precocemente o tratamento tem um alto nível de sucesso. "A grande dificuldade é que a doença atinge principalmente trabalhadores rurais e estes muitas vezes deixam para procurar o dermatologista quando já está em estágio avançado”.

A cromoblastomicose é uma infecção fúngica que atinge pele, tecido subcutâneo e raramente atinge o sistema linfático. O contágio costuma se dar por um machucado feito durante o dia a dia do trabalhador, um pequeno corte feito em graveto, flores, cercas, por isso, os membros superiores normalmente são mais atingidos.

Os fungos se implantam na pele e formam pápulas ou caroços bem pequenos que gradualmente aumentam de tamanho e tem como sintoma predominante a coceira que pode ser leve ou acentuada. Conforme a evolução as feridas aumentam consideravelmente e podem causar dor no local e exalar um forte odor, principalmente quando associada a lesão bacteriana secundária.

O tratamento é feito com antibióticos orais, associados ou não com métodos traumáticos, dependendo da evolução da lesão. E a prevenção é simples, basta lavar e passar antisséptico no local da lesão o mais breve possível.
 

Ariadne Carvalho - Consulta Médica On/Abaetê Comunicação


Publicado 14 de Agosto, 2017