A Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), alerta para o aumento da incidência de micose durante o verão. Segundo Alexandre Moretti, presidente da sociedade, o aumento nos casos ocorre porque o período quente e chuvoso é perfeito para a propagação de fungos que se alimentam de queratina e gorduras contidas no corpo.
Caracterizada pelo surgimento de manchas brancas ou avermelhadas, com bordas mais evidenciadas, podendo ter crostas ou não e que causam coceiras, a micose costuma afetar principalmente áreas de dobras como axilas, virilhas, entre os dedos, mas também pode acometer outras partes do corpo.
Moretti explicou ao consultamedicaon.com.br que as micoses mais comuns são as geradas pelos fungos dermatófitos, espécie que atinge principalmente a camada córnea da pele e causando lesões superficiais. As mais frequentes são: pitiríase versicolor chamada popularmente de pano branco e cândidas também conhecida como pé de atleta.
A sudorese excessiva, oleosidade e imunidade baixa são fatores que aumentam os riscos de contrair a doença, por isso, a prevenção mais indicada é evitar abafar áreas de dobras e fugir do calor excessivo, com banhos frios, manter-se em locais arejados e também usar o secador de cabelo em modo frio para auxiliar a secagem após o banho.
Quando acompanhado por um médico dermatologista o tratamento costuma ser breve e tranquilo, podendo ser usado antifúngicos tópicos (cremes, gels e sprays) e orais (comprimidos, capsulas).
Ao ser questionado sobre passar gelo no local da lesão (receita caseira, muito utilizada), o presidente da SBD/MS faz um alerta: “Além de não matar os fungos causadores da micose, o gelo pode ainda causar uma queimadura na pele, sendo assim, o recomendável combater a micose com as formas cientificamente aprovadas e indicadas pelo dermatologista”.
Ariadne Carvalho - Consulta Médica Online/ Abaetê Comunicação
Publicado 08 de Janeiro, 2018