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Notificações de Sífilis aumentam em MS e presidente da SBD/MS faz alerta

Na última semana de maio, a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), divulgou nota relatando sobre um aumento significativo no número de casos de sífilis no estado. De acordo com a SES, a elevação nas notificações é resultado de ações voltadas para o diagnóstico e melhorias no sistema de notificação.

Como a sífilis é uma doença cujo os primeiros sintomas são lesões cutâneas e seu estágio inicial é predominantemente diagnosticado por dermatologistas, o consultamedicaon.com.br entrevistou o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul (SBD/MS), Alexandre Moretti que fez um alerta: “A Sífilis é um mal silencioso que se tratada tem altas chances de cura, porém se negligenciada pode causar graves problemas no sistema nervoso central, sistema neurológico causando demência e podendo ainda levar à morte”.

Conheça a doença

A Sifilís possui três estágios primário, secundário e terciário, além disso tem a fase de latência (período assintomático da doença) e a sífilis congênita onde a doença passa da mãe para o bebê durante gravidez ou parto.

A transmissão se dá durante o ato sexual pela espiroqueta Treponema Pallidum, por isso, o uso da camisinha, exames sorológicos periódicos e o pré-natal são fundamentais. Moretti ressalta ainda que o sexo oral também pode ser uma forma de contágio, “ultimamente temos visto um aumento exorbitante nas transmissões de DSTs, principalmente em adolescentes e adultos jovens, pois estes tendem a evitar o uso de preservativos e isso é preocupante”.

Tratamento e Cura

O antibiótico recomendado para o tratamento da Sífilis é a penicilina, a quantidade de doses depende do estágio em que se encontra o paciente. De acordo com Moretti, quanto mais precoce a doença for diagnosticada menor a proliferação da bactéria e maiores as chances de cura.

HIV e Sífilis: Riscos ampliados

A coinfecção da sífilis com outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) é motivo de preocupação, sendo o HIV uma das doenças frisadas pelo presidente da SBD/MS.

“Assim como outras DST’s, o HIV causa uma diminuição da imunidade celular de defesa do organismo e na pele isso é demonstrada com lesões mais graves, ulceradas e necróticas, além disso há mais chances de doenças neurológicas, por isso, caso haja coinfecção solicitamos exames como tomografia e exame de licor “. Explica Moretti, revelando ainda que é muito comum coinfecção entre as DST’s.

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Ariadne Carvalho - Consulta Médica On/ Abaetê Comunicação

 


Publicado 13 de Junho, 2017